A era da empregabilidade deu lugar à era da
TRABALHABILIDADE. O mercado de trabalho alterou-se, bem como as competências
que lhes estão inerentes. As empresas e organizações procuram pessoas que
acrescentem valor a elas próprias. O emprego para a vida na zona de conforto é
cada vez mais raro e em vias de extinção.
Realiza o seguinte exercício:
Coloca-te no
lugar de um Gestor de Recursos Humanos, Diretor Técnico ou de um Empresário que
procura um colaborador.
O
que desejas efetivamente encontrar?
Será
a formação académica mais relevante em detrimento do saber-fazer?
A procura ativa de emprego é um processo que deve
ser estratégico por parte dos candidatos. Deve existir investimento e
planeamento. Os profissionais devem assumir uma atitude empreendedora,
inovadora e diferenciadora.
A atitude, a motivação e, sobretudo, a
criatividade podem marcar a diferença relativamente aos demais concorrentes
(vivemos em contexto concorrencial)!
Por um lado, os Educadores Sociais carecem de
reconhecimento profissional (pode constituir uma desvantagem), mas, por outro,
é um técnico polivalente e atua em diversas áreas de intervenção
socioeducativa.
Resumindo, o mais relevante é refletir acerca do
que somos, o que queremos e o que desejam de nós.
Quando nos candidatamos a alguma oferta de emprego
na área do envelhecimento é fundamental, em primeiro lugar, ter um sólido (pelo
menos algum) conhecimento teórico sobre o tema.
Conhecer a realidade do envelhecimento na
atualidade, as suas causas, consequências e suas especificidades podem ajudar,
por exemplo, na tua fase de recrutamento e seleção (CV e entrevista).
É pertinente ter experiência na área, sendo este
um dos requisitos chave nas ofertas que encontramos.
É certo que as oportunidades são tão escassas que
dificilmente poderemos assumir como trunfo a experiência profissional na área. Não
obstante, é possível acumular e desenvolver competências nesta área através de
estágios curriculares e profissionais, bem como por meio do voluntariado.
Quando elaborares o teu CV faz questão de
justificar cada uma delas (onde adquiriste, porquê, etc.).
Tendo estas duas premissas sob controlo:
conhecimento e experiência, chega a altura de enfrentar o mercado de trabalho.
Habitualmente recorremos à elaboração do CV e enviamos para diversas
instituições.
Será
a forma mais eficaz de comunicar/interagir com as empresas?
Uma forma alternativa é dirigirmo-nos,
diretamente, às empresas/instituições. Falar pessoalmente com os responsáveis,
perceber se existe oportunidade e transmitir a vontade/motivação para
trabalhar.
Parece um simples comportamento, no entanto isto
não acontece com tanta frequência e o facto de se colocar em prática tal
dinâmica pode assumir-se como algo diferenciador.
Atualmente somos os contactos que temos.
Com a facilidade de comunicação entre indivíduos,
proporcionada pelas redes sociais, é importante que se tire partido desta mesma
vantagem.
Os Empresários e recrutadores podem,
eventualmente, contratar quem melhor conhecem, direta ou indiretamente.
Minimizam assim o risco e aceleram o processo de integração do próprio
colaborador ou colaboradora.
Nesta perspetiva é pertinente gerir todos os
nossos contactos, reforça-los e alimenta-los, pois um dia poderão fazer a
diferença na nossa atividade profissional.
Tendo por base que a comunicação com a
empresa/organização se dá de modo direto (presencial) o Educador Social poderá
levar:
·
CV;
·
Planificação.
O CV já foi mencionado e assume várias formas de
ser desenvolvido:
1) formato tradicional (papel) ou 2) mais inovador
(digital).
Porém, uma das formas mais eficazes para explicar
o que um Educador Social poderá desenvolver é através de uma planificação. No
caso das estruturas residenciais para pessoas idosas, a ocupação dos tempos
livres e desenvolvimento pessoal, assume-se como prioridade.
Apresentar uma planificação semanal, por exemplo,
com as atividades referidas poderá ser uma mais-valia, até para o recrutador
perceber o que, efetivamente, faz um Educador Social.
Caso não haja oportunidade de ir presencialmente á
organização, aconselho que marquem a diferença no vosso CV. Personaliza-o a
cada oferta. Abusa da criatividade!
Este é um pequeno exemplo e existem, certamente,
CV muito mais inovadores e criativos :)
Estas pequenas dicas não são a poção mágica para a
aquisição de um novo emprego, mas aliada ás tuas ideias e à tua criatividade,
estou certo que irão produzir resultados!