No passado dia 18 de maio, no colégio “Os Salesianos” em
Lisboa, decorreu mais um Encontro Nacional de Educadores e Educadoras Sociais.
O programa esteve repleto de belíssimas intervenções. Foi
possível perceber que a Educação Social vive uma diáspora por áreas até então
não exploradas. Neste dia foi possível perceber os desafios futuros da Educação
Social e a relação entre a mesma e a saúde, advocacy, escolas, entre outros.
A minha comunicação teve como tema: “Em tempos de crise,
seja empreendedor”!
Em várias comunicações que tenho efetuado, recorria ao
empreendedorismo no seu sentido mais alargado. Contudo, neste dia, optei por
focar atenções no Empreendedorismo Social. Qual a razão desta escolha?
Respondo com outra questão: Quem melhor para empreender
socialmente do que os Educadores e Educadoras Sociais?
Esta é a minha intuição. Estes técnicos têm o conhecimento
técnico e científico no âmbito do trabalho social. Trabalham no terreno, junto
com os problemas das pessoas, vivendo-os de modo particular. Nesta perspetiva,
o Educador e Educadora Social podem criar empresas sociais e projetos sociais,
i.e., serem Empreendedores/as Sociais.
Questionamo-nos então: Então porque é que os Educadores e
Educadoras Sociais não se tornam Empreendedores Sociais?
Mais …
Porque é que os grandes empreendedores sociais em Portugal têm
uma formação académica nos ramos da gestão e economia?
Bem, na minha opinião é que o conhecimento é fundamental.
Esqueçam aquela frase que se quer tornar numa máxima: Vais
estudar? Para quê? Isso não te vale de nada …
Enfim! Na minha opinião está totalmente errado. Vivemos numa
sociedade do conhecimento e vêm dizer que este não é importante?
Acredito que é fundamental. No entanto, o conhecimento per
se não é suficiente. É imperativo que saibamos usar o conhecimento. No caso dos
Educadores Sociais, para se tornarem empreendedores sociais, é importante que tenham
mais do que motivação. Uma empresa social necessita de uma gestão entre outros
fatores. Assim sendo, defendo que os estudantes dos cursos de licenciatura em
Educação Social deveriam ter acesso a este tipo de conhecimento, quer com
unidades curriculares inseridas nas suas diferentes e ricas organizações
curriculares, quer através de outro tipo de iniciativas mais práticas como
Workshops, diálogos com empreendedores sociais, etc.!
É pertinente que os Educadores e Educadoras Sociais coloquem
em prática as suas ideias. Tenho a certeza, porque percorri o país de norte a
sul com um Workshop de empreendedorismo para TSES, de que existe potencial, existe
vontade. Todavia, falta saber como se colocam ideias em prática, como passamos
do papel para o terreno, para a ação. Falta concretizar. Para isso falta
conhecimento no âmbito de uma área emergente e em voga na nossa sociedade: o
EMPREENDEDORISMO SOCIAL!
Ruben Amorim
Muito bom texto gostei :)
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