No passado dia 14 de Junho de 2012 – Sábado – Teve lugar na Universidade de Aveiro o III Simpósio de Gerontologia PsicoSoma organizado pela unidade de Aveiro.
O tema da minha comunicação incidiu nas Atividades de
Ocupação de Tempo Livre e Desenvolvimento Pessoal de Pessoas Idosas.
Comecei por questionar quantos/as Educadores/as
Sociais estavam na plateia. Depois quantos/as gerontólogos/as. Posteriormente
Técnico/as de Serviço Social. E Animadores/as Socioculturais? E
Psicologos/as???
A questão seguinte que coloquei foi: Então e quantos/as
diretores/as de IPSS ou de Lares Privados estão presentes?
Pois
bem, a resposta foi: 0…
Num evento desta Natureza, onde se discutiram
temas fundamentais inerentes ao envelhecimento e gestão das organizações que
prestam cuidados a pessoas idosas, um dos verdadeiros interessados não marcam
presença – Os elementos de gestão. Aqueles/as que toma decisões…
Foi apenas um tema para reflexão porque na minha
opinião deve refletir-se sobre isto...
Quando pensamos em criar atividades de ocupação de
tempos livres para pessoas idosas institucionalizadas, normalmente, seguimos
sempre o caminho mais difícil de sortir efeito, mas o mais fácil de concretizar…
É muito recorrente receber e-mail de colegas a
pedir atividades, mas, no meu entender, um atividade que funciona muito bem na
minha instituição pode não sortir qualquer efeito numa outra qualquer. O
princípio é o seguinte:
Em primeiro lugar devemos questionar sempre as
pessoas idosas dos seus gostos, interesses, necessidades, expetativas
e sonhos. Assim começamos a perceber
o que efetivamente se poderá realizar. Depois é fundamental perceber que as
atividades são das pessoas idosas e não dos dinamizadores (Educadores,
Animadores, Gerontólogos, etc.). Este princípio habitualmente é violado porque,
por vezes, no mercado do trabalho é mais importante responder às necessidades
de quem manda do que dos clientes.
Contudo, importa ainda referir que as atividades
que trocamos com os nossos e as nossas colegas são importantes na medida em que
se fomentam IDEIAS.
Assim se proporciona a utilidade da CRIATIVIDADE, algo que deve marcar presença na
nossa forma de estar no trabalho e nas intervenções.
A CRIATIVIDADE é um processo em que se inicia num
problema. Por exemplo, quando detetamos que os residentes não querem participar
nas atividades. Estamos perante um problema que é necessário resolver. Sempre
tendo em conta o residente e não os nossos gostos e motivações. Será necessário
resolver este problema e vamos ter várias ideias. Depois dá-se o período de incubação
das ideias. Algumas delas vão amadurecer, outras vão ser muito parvas, no
entanto, todas elas são necessárias… Por fim dá-se a iluminação, onde vamos
ter a ideia certa para resolver o conflito. Quanto mais for potenciado este
processo criativo, maiores e melhores serão os resultados…
Algo que considero muito importante é a atitude. O
modo como se chega à instituição e se provoca desafios de imediato. A nossa
própria postura alegre e dinâmica que, ao fim de algum tempo, acaba por
contagiar as pessoas.
Outros assuntos foram abordados, mas o mais
importante foi a
questão de como encaramos as atividades. É muito importante que se
comece a elaborar planos de atividades (e simples atividades) em função das
pessoas. Por vezes os recursos exigidos até são menores.
Como referi, o jogo da malha já existe, mas se a
gente acrescentar mais jogos e lhe chamar: “AS OLIMPÍADAS DA TERCEIRA IDADE”,
criando competição, gerando parcerias, envolvendo as pessoas, formando
intercâmbios… Enfim, as atividades devem ser sempre diferentes. O fim até pode
ser o mesmo, mas a metodologia é sempre adequada a cada contexto.
Uma vez mais reafirmo:
Um/a
excelente Educador/a, Animador/a, Gerontologo/a, Psicólogo/a (Etc.) não é aquele/a
que realiza atividades brilhantes, mas sim aquele/a que faz com que as pessoas
idosas tenham ideias de atividades brilhantes e as coloca em prática…
Esta é uma área onde podem investir e inovar. Sejam
criativos/as e acrescentem algo de novo à vida das pessoas idosas.
Por vezes a novidade está nas recordações,
mas a criatividade do nosso trabalho não deixa de existir porque fazemos pouco
ao nível quantitativo…
Olá!
ResponderEliminarChamo-me Guilherme Sousa Rodrigues. Antes de mais, apresento as minhas desculpas por estar a enviar esta mensagem através de um comentário a um post. A minha intenção era escrever diretamente para o seu e-mail, mas não consegui perceber como é que isso se faz... Provavelmente é "aselhice" minha...
Bom, adiante, o motivo do meu contacto é o seguinte: neste momento, tenho a meu cargo um trabalho interessantíssimo, que é o de transformar o texto de uma tese de mestrado em livro direcionado para pessoas com mais de 65 anos. Para tal, precisava de ajuda, nomeadamente na indicação de trabalhos / textos / sites / livros em que eu pudesse perceber melhor as técnicas e os cuidados especiais a ter na escrita de textos para idosos.
Posso contar com a sua ajuda? Não pretendo fazê-lo gastar muito tempo. Preciso apenas que me ajude a direcionar melhor a minha pesquisa, pois na internet, não se encontra grande coisa sobre este assunto.
Obrigado.
Despeço-me com os melhores cumprimentos,
Guilherme Sousa Rodrigues
Olá Guilherme,
Eliminaragradeço, desde já, a sua abordagem.
Mesmo sem ter um conhecimento profundo sobre o seu trabalho fico extremamente agradado com o mesmo, uma vez que refere um tema que muito gosto de desenvolver.
Coloco-me à disposição para colaborar no que puder ajudar. Estou disposto a partilhar as minhas curtas experiências e conhecimentos.
O meu contacto eletrónico é: amorimruben@gmail.com.
Peço-lhe que entre em contacto comigo por esta via.
Um abraço e bom trabalho.