Ser licenciado…

Perante o cenário de desemprego em Portugal, nomeadamente o que afecta os nossos licenciados, a situação torna-se grave…

Quando ingressei no ensino superior, ouvi várias pessoas dizer:
“”Vai lá rapaz, vai estudar para um dia seres alguém…”.

Foi então que me convenci que ter uma licenciatura era algo fundamental, quer a nível social, quer ao nível financeiro. Por um lado iria ser alguém, por outro teria acesso a um bom ordenado.
Pois bem. O cenário alterou-se drasticamente…

Por um lado não existe o mínimo de critério por parte das instituições de ensino superior. Quantos mais melhor. A qualidade fica forçosamente para segundo plano e a empregabilidade nem sequer é equacionada.

Por outro lado, existe a sociedade actual. Os adolescentes são apelidados de geração morangos com açúcar. Indivíduos sem valor, sem perspectivas, sem interesses válidos. No entanto, defendo que nem tudo é negativo e, em contrapartida, são pessoas muito criativas, um pouco inspirados/socorridos pela tecnologia emergente.

Perante estas duas perspectivas, penso que podemos concluir que ter uma licenciatura não corresponde a um emprego, a um estatuto social. Corresponde sim num investimento no nosso conhecimento. Traduz-se numa passagem por um meio estimulante (quando assim o é) e que podemos começar a nossa rede de contactos, que pode ser-nos útil para o futuro.
Para tal, temos de abraçar as aulas com motivação, com alegria, com ganas de querer aprender, aumentar o nosso conhecimento…

Portanto, ser licenciado é uma vantagem quando conseguimos capitalizar o nosso conhecimento adquirido em valor, em oportunidades, quer seja para nós, quer seja para alguém…

Se pensam que serão contratados porque são licenciados, desenganem-se… Actualmente, o importante é o que sabemos fazer, que ganhos se podem gerar…