sexta-feira, 13 de abril de 2012

Voluntariado com Pessoas Idosas |



No passado dia 10 de Abril de 2012 tive a oportunidade de dinamizar um ação de formação, que prefiro denominar de partilha de experiências, na Junta de Freguesia de Abraveses, concelho de Viseu. O contexto insere-se no âmbito de um Projeto de Voluntariado organizado pelas Estagiárias de Educação Social da Escola Superior de Educação de Viseu. O tema incidiu no Voluntariado com Pessoas Idosas.

Participaram pessoas que já eram voluntários e outros que ainda o ambicionam sê-lo. É com enorme agrado que verifico que este tipo de projetos é apoiado pelo poder local. Atualmente, o voluntariado já assume algum destaque na nossa sociedade. No entanto, ainda deve ser gerido de modo mais profissional, apesar de existir organizações que o regulem e promovam (Conselho Nacional Para a Promoção do Voluntariado – CNPV).


Tudo evolui. O voluntariado também deve evoluir. Com efeito, esta ação deve ser encarada de modo mais profissional e numa perspetiva bilateral, isto é, fazer bem e ajudar o outro, mas sem esquecer que também nos devemos ajudar a nós próprios. O que são estas ajudas a nós próprios? Na minha opinião é, essencialmente, a aquisição de novas competências que nos poderão ser extremamente úteis na nossa vida pessoal e profissional.

Outro assunto que criou polémica foi o fato de eu proferir que o voluntariado deve ter um início, mas também um fim. Entenda-se que este fim pode ser apenas o fim de uma etapa. Este fim existe para que se criem metas, objetivos e análises da nossa performance enquanto voluntários. Serve para criar um momento de reflexão, onde, pensamos no que fizemos e para onde queremos ir. O balanço deve existir, inclusivamente realizar o próprio balanço das competências adquiridas e descreve-las e mensurá-las.

O que transmiti focou os seguintes temas:

  • ·         Âmbitos de intervenção do/a Voluntário/a;
  • ·         O perfil e as competências do/a Voluntário/a;
  • ·         A ética no processo de voluntariado;
  • ·         O comportamento, necessidades, desejos e expetativas das Pessoas Idosas.

Relativamente aos âmbitos de intervenção penso que, entre outros, podem ser os seguintes:
  • ·         Alimentação;
  • ·         Animação e Ocupação dos Tempos Livres;
  • ·         Higiene;
  • ·         Serviços de Saúde;
  • ·         Serviços Domésticos;
  • ·         Pequenas Reparações;
  • ·         Questões relacionadas com o IRS e Segurança Social;
  • ·         Acompanhamentos ao Exterior
  • ·         Formação Pessoal
  • ·         Companhia e diálogo com a Pessoa Idosa

No tema relativo à ética no voluntariado apenas é de referir que:
  • ·         Nunca devemos aceitar algo proveniente do residente;
  • ·    Devemos assumir uma postura assertiva para com o residente, de modo a não ferir suscetibilidades;
  • ·       Aceitar pode induzir a aproveitamentos
  • ·         O SIGILO PROFISSIONAL é IMPORTANTÍSSIMO;
  • ·         Os aspetos profissionais dizem respeito à instituição, residentes e restantes recursos humanos;
  • ·         Nunca devemos mencionar nomes quando exemplificamos casos passados no local de voluntariado;
  • ·        Manter o sigilo profissional reforça as qualidades de um bom Voluntário.

Enfim, foram os temas que tivemos a oportunidade de abordar, pois tínhamos apenas uma hora, contando com as dinâmicas criadas no início e pelo meio (como não poderiam faltar).

As/os Técnicas/os Superiores de Educação Social podem fomentar e ajudar a potenciar e desenvolver o voluntariado no nosso País.

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