segunda-feira, 4 de junho de 2012

II Encontro de Educadores Sociais – UAlg – Faro – 2 Junho 2012


Um dia longo, mas produtivo que se tornou positivo e motivador. Aquilo que denominamos de problemas foram catalisados para o ramo das oportunidades e desafios. A mentalidade forte, criativa e empreendedora marcaram de facto a diferença neste II Encontro de Educadores Sociais.
Participantes de muita qualidade. Atentos, interventivos, participativos e motivados para colaborar. Oradores e Oradoras de muita qualidade, sem exceção. Partilha de experiências fantástica. O aumento do conhecimento muito potente.

Tema da Comunicação |
Busca Ativa de Emprego que prefiro denominar Procura Ativa de Trabalho

Resumo da Comunicação |
Existem pessoas que procuram EMPREGO, outras procuram TRABALHO, mas raramente se pensa em GANHAR DINHEIRO. Na minha opinião esta última ação traduz-se na mais simplificada das 3 e, quiçá, até a mais acessível.

Contudo, desde a nossa infância que nos incutem um futuro onde somos Enfermeiros, Médicos, Bombeiros e Jogadores de Futebol, entre outras profissões onde se verifica um denominador comum: o facto de trabalharem por conta de outrem. E porque não começarmos a educar as nossas crianças e adultos de que é possível criar o nosso próprio negócio, perseguindo os nossos verdadeiros sonhos?

Analisando o Mercado do Trabalho chocamos diretamente com alguns conceitos ultrapassados:
Zona de Conforto – Emprego – Desemprego – 1000€
E outros mais moralizantes:
Atitude – Criatividade – Trabalhabilidade – Competências
Assim verifica-se que as pessoas ainda procuram ter emprego na sua área de conforto, perto da residência dos seus pais para que nada lhes falte, aferindo a 1000€ de remuneração mensal.

O que penso é que todos nós queremos um emprego, mas poucos pensam em arranjar trabalho. Agora as coisas estão a mudar e a era da empregabilidade deu lugar à era da trabalhabilidade. Uma mudança de conceito e de mentalidade, onde para ganharmos 50 temos que trabalhar 100. Isto não quer dizer apenas que os ordenados baixaram. Quero dizer que nos devemos envolver em várias iniciativas, associativsimo, etc…
Ao nível da Educação Social é sabido que quando terminamos a nossa licenciatura, uns com 19 outros com 10, mas somos todos profissionais da mesma área. É óbvio que não quero que o demérito prevaleça, mas entendo que a diferença entre tantos e tantos Educadores Sociais reside na experiência de vida. Dou como exemplo a segunda folha do currículo, onde nas competências artísticas pode estar o enfoque de um recrutador. Quem paga o vosso ordenado quer pessoas que saibam trabalhar, quer pessoas com experiências e não com experiência. Pessoas com diversas competências e que tenham construído um percurso estratégico e dinâmico.

Não poderei escrever tudo aquilo que foi dito, mas gostaria de deixar algumas ideias sobre a procura ativa de trabalho.

Em primeiro lugar a Procura Ativa de Trabalho é um processo e não um momento, i.e., deve ser preparado ao longo do tempo realizando diferentes investimentos. Estas ações de investimento passam pelo voluntariado durante a licenciatura, mas um voluntariado estratégico, onde nos devemos centrar nas competências que pretendemos adquirir. Realizar estágios remunerados e não remunerados, se possível no estrangeiro para se adquirirem competências multiculturais e de adaptação a diferentes contextos. Devemos trabalhar, trabalhar e trabalhar, mesmo que os nossos pais tenham as melhores condições do Mundo. Pois o trabalhar é uma aposta nas nossas competências.

A criatividade está inequivocamente associada à Procura Ativa de Trabalho. Neste caso podemos pensar porque todos os CV são redigidos em papel branco. Será que se escolhêssemos outra cor, mais ousada, não estaríamos a ser diferentes numa candidatura. Se em vez de enviar o CV fossemos diretamente à instituição de mangas “arregaçadas” e mostrássemos logo vontade em fazer algo, em trabalhar sem primeiro discutir as remunerações e burocracias. Enfim, se repensarmos a forma como as pessoas procuram trabalho. Toda a gente a fazer mais do mesmo. Temos uma profissão que dizem que tem a desvantagem de ser recente. Nisto vejo uma grande oportunidade. A oportunidade de ser diferente. De construir novas abordagens de intervenção, novas atividades…

É com atitude que alcançamos os nossos objetivos. Todavia temos de os definir estrategicamente. Devemos realizar e trabalhar o nosso Marketing Pessoal e Empreendedor. A nossa imagem na Web é cada vez mais importante, sendo fundamental saber gerir a nossa presença nestes espaços.

Invistam na vossa rede de contatos, abusem dos mesmos. Atualmente o fator C quase não existe. Pensem que podem conhecer as pessoas certas nos momentos certos. Tirar o melhor partido do vosso tempo. E aí sim, vão acreditar que tudo depende da vossa atitude, da vossa criatividade…

O mercado do trabalho nunca foi tão seletivo, mas ao mesmo tempo nunca deu tanta oportunidade de valorizar os melhores. Sejam vocês mesmos os melhores. Trabalhem todos os dias para isso. Vão à luta. Arrisquem no envio de CV. Visitem as instituições. Procurem novas experiências profissionais. Divulguem a profissão. Coloquem energia e criatividade nas vossas ações. Sejam felizes, fazendo por isso…




Ruben Amorim

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