Um
dia longo, mas produtivo que se tornou positivo e motivador. Aquilo que
denominamos de problemas foram catalisados para o ramo das oportunidades e
desafios. A mentalidade forte, criativa e empreendedora marcaram de facto a
diferença neste II Encontro de Educadores Sociais.
Participantes
de muita qualidade. Atentos, interventivos, participativos e motivados para
colaborar. Oradores e Oradoras de muita qualidade, sem exceção. Partilha de
experiências fantástica. O aumento do conhecimento muito potente.
Tema da Comunicação |
Busca Ativa de Emprego
que prefiro denominar Procura Ativa de Trabalho
Resumo da Comunicação |
Existem
pessoas que procuram EMPREGO, outras procuram TRABALHO, mas raramente se pensa
em GANHAR
DINHEIRO. Na minha opinião esta última ação traduz-se na mais
simplificada das 3 e, quiçá, até a mais acessível.
Contudo,
desde a nossa infância que nos incutem um futuro onde somos Enfermeiros,
Médicos, Bombeiros e Jogadores de Futebol, entre outras profissões onde se
verifica um denominador comum: o facto de trabalharem por conta de outrem. E
porque não começarmos a educar as nossas crianças e adultos de que é possível
criar o nosso próprio negócio, perseguindo os nossos verdadeiros sonhos?
Analisando
o Mercado do Trabalho chocamos diretamente com alguns conceitos ultrapassados:
Zona de Conforto –
Emprego – Desemprego – 1000€
E
outros mais moralizantes:
Atitude –
Criatividade – Trabalhabilidade – Competências
Assim
verifica-se que as pessoas ainda procuram ter emprego na sua área de conforto,
perto da residência dos seus pais para que nada lhes falte, aferindo a 1000€ de
remuneração mensal.
O
que penso é que todos nós queremos um emprego, mas poucos pensam em arranjar trabalho.
Agora as coisas estão a mudar e a era da empregabilidade deu lugar à era da
trabalhabilidade. Uma mudança de conceito e de mentalidade, onde para ganharmos
50 temos que trabalhar 100. Isto não quer dizer apenas que os
ordenados baixaram. Quero dizer que nos devemos envolver em várias iniciativas,
associativsimo, etc…
Ao
nível da Educação Social é sabido que quando terminamos a nossa licenciatura,
uns com 19 outros com 10, mas somos todos profissionais da mesma área. É óbvio
que não quero que o demérito prevaleça, mas entendo que a diferença entre
tantos e tantos Educadores Sociais reside na experiência de vida. Dou como
exemplo a segunda folha do currículo, onde nas competências artísticas pode estar
o enfoque de um recrutador. Quem paga o vosso ordenado quer pessoas que saibam
trabalhar, quer pessoas com experiências e não com experiência. Pessoas com
diversas competências e que tenham construído um percurso estratégico e
dinâmico.
Não
poderei escrever tudo aquilo que foi dito, mas gostaria de deixar algumas
ideias sobre a procura ativa de trabalho.
Em
primeiro lugar a Procura Ativa de Trabalho é um processo e não um momento,
i.e., deve ser preparado ao longo do tempo realizando diferentes investimentos.
Estas ações de investimento passam pelo voluntariado durante a licenciatura, mas um
voluntariado estratégico, onde nos devemos centrar nas competências que
pretendemos adquirir. Realizar estágios remunerados e não remunerados, se
possível no estrangeiro para se adquirirem competências multiculturais e de
adaptação a diferentes contextos. Devemos trabalhar, trabalhar e trabalhar,
mesmo que os nossos pais tenham as melhores condições do Mundo. Pois o
trabalhar é uma aposta nas nossas competências.
A
criatividade
está inequivocamente associada à Procura Ativa de Trabalho. Neste caso podemos
pensar porque todos os CV são redigidos em papel branco. Será que se escolhêssemos
outra cor, mais ousada, não estaríamos a ser diferentes numa candidatura. Se em
vez de enviar o CV fossemos diretamente à instituição de mangas “arregaçadas” e
mostrássemos logo vontade em fazer algo, em trabalhar sem primeiro discutir as
remunerações e burocracias. Enfim, se repensarmos a forma como as pessoas
procuram trabalho. Toda a gente a fazer mais do mesmo. Temos uma profissão que
dizem que tem a desvantagem de ser recente. Nisto vejo uma grande oportunidade.
A oportunidade de ser diferente. De construir novas abordagens de intervenção,
novas atividades…
É
com atitude
que alcançamos os nossos objetivos. Todavia temos de os definir estrategicamente.
Devemos realizar e trabalhar o nosso Marketing Pessoal e Empreendedor. A nossa
imagem na Web é cada vez mais importante, sendo fundamental saber gerir a nossa
presença nestes espaços.
Invistam na vossa
rede de contatos, abusem dos mesmos. Atualmente o
fator C quase não existe. Pensem que podem conhecer as pessoas certas nos
momentos certos. Tirar o melhor partido do vosso tempo. E aí sim, vão acreditar
que tudo depende da vossa atitude, da vossa criatividade…
O
mercado do trabalho nunca foi tão seletivo, mas ao mesmo tempo nunca deu tanta
oportunidade de valorizar os melhores. Sejam vocês mesmos os melhores. Trabalhem
todos os dias para isso. Vão à luta. Arrisquem no envio de CV. Visitem as
instituições. Procurem novas experiências profissionais. Divulguem a profissão.
Coloquem
energia e criatividade nas vossas ações. Sejam felizes, fazendo por isso…
Ruben
Amorim
Sem comentários:
Enviar um comentário