segunda-feira, 20 de maio de 2013

Comunicação no IV Encontro Nacional de Educadores e Educadoras Sociais :: Em tempos de crise, seja empreendedor



No passado dia 18 de maio, no colégio “Os Salesianos” em Lisboa, decorreu mais um Encontro Nacional de Educadores e Educadoras Sociais.

O programa esteve repleto de belíssimas intervenções. Foi possível perceber que a Educação Social vive uma diáspora por áreas até então não exploradas. Neste dia foi possível perceber os desafios futuros da Educação Social e a relação entre a mesma e a saúde, advocacy, escolas, entre outros.

A minha comunicação teve como tema: “Em tempos de crise, seja empreendedor”!
Em várias comunicações que tenho efetuado, recorria ao empreendedorismo no seu sentido mais alargado. Contudo, neste dia, optei por focar atenções no Empreendedorismo Social. Qual a razão desta escolha?
Respondo com outra questão: Quem melhor para empreender socialmente do que os Educadores e Educadoras Sociais?

Esta é a minha intuição. Estes técnicos têm o conhecimento técnico e científico no âmbito do trabalho social. Trabalham no terreno, junto com os problemas das pessoas, vivendo-os de modo particular. Nesta perspetiva, o Educador e Educadora Social podem criar empresas sociais e projetos sociais, i.e., serem Empreendedores/as Sociais.

Questionamo-nos então: Então porque é que os Educadores e Educadoras Sociais não se tornam Empreendedores Sociais?

Mais …

Porque é que os grandes empreendedores sociais em Portugal têm uma formação académica nos ramos da gestão e economia?
Bem, na minha opinião é que o conhecimento é fundamental.
Esqueçam aquela frase que se quer tornar numa máxima: Vais estudar? Para quê? Isso não te vale de nada …
Enfim! Na minha opinião está totalmente errado. Vivemos numa sociedade do conhecimento e vêm dizer que este não é importante?

Acredito que é fundamental. No entanto, o conhecimento per se não é suficiente. É imperativo que saibamos usar o conhecimento. No caso dos Educadores Sociais, para se tornarem empreendedores sociais, é importante que tenham mais do que motivação. Uma empresa social necessita de uma gestão entre outros fatores. Assim sendo, defendo que os estudantes dos cursos de licenciatura em Educação Social deveriam ter acesso a este tipo de conhecimento, quer com unidades curriculares inseridas nas suas diferentes e ricas organizações curriculares, quer através de outro tipo de iniciativas mais práticas como Workshops, diálogos com empreendedores sociais, etc.!

É pertinente que os Educadores e Educadoras Sociais coloquem em prática as suas ideias. Tenho a certeza, porque percorri o país de norte a sul com um Workshop de empreendedorismo para TSES, de que existe potencial, existe vontade. Todavia, falta saber como se colocam ideias em prática, como passamos do papel para o terreno, para a ação. Falta concretizar. Para isso falta conhecimento no âmbito de uma área emergente e em voga na nossa sociedade: o EMPREENDEDORISMO SOCIAL!

Ruben Amorim


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