Ao ler esta notícia no jornal Público confesso que me assusto e fico até algo amedrontado.
Será que as pessoas têm consciência que serão idosas no amanhã?
Quais as motivações que levam as pessoas a agir com agressividade contra pessoas inofensivas?
Não pretendo expor uma investigação acerca desta temática. Contudo, como profissional e como cidadão desta doente sociedade resta-me refletir acerca desta problemática.
Em relação à primeira questão levantada anteriormente penso que todas as crianças pensam em o que vão ser quando forem grandes. Pensam numa profissão, pensam em sonhos. Ora, a terceira idade, para muita gente nem compreende sonhos, muito menos uma profissão.
Na minha opinião penso que o trabalho de prevenção, a longo prazo, inicia-se na escola básica, i.e., na infância. Torna-se imperial acrescentar ao curriculo das crianças este tem sensível. É fundamental que as crianças dialoguem com as pessoas idosas, tem de existir convívio, tem de existir respeito.
Esta não é uma solução, mas pelo menos pode tornar-se uma arma com elevados beneficios.
Em relação à segunda questão, penso que as pessoas agem de forma agressiva contra os idosos porque nunca o foram. De facto essa é a razão simples mas que é real. è impossível as pessoas se colocarem no lugar de um idoso. Num lugar de um cego ou de um surdo as pessoas já se colocam à muitos anos e mesmo assim continuam a errar. A idade adulta avançada é, ao mesmo tempo, uma conquista e um fracasso da humanidade.
Quando integramos no nosso interior os mais verdadeiros e importantes valores para se viver em comunidade, penso que não necessitamos de viver algo que no futuro está reservado para nós. É importante respeitar o próximo, sobretudo quem muito já viveu e que em muitos casos é inofensivo. Deixemos a cobardia e adoptemos um comportamento mais saudável, convivendo activamente com estas pessoas, substituindo a agressividade pelo carinho.
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