quarta-feira, 4 de julho de 2012

O/a Educador/a Social e o HIV


Segundo notícia o Jornal Público, os Estados Unidos aprovou o primeiro teste caseiro do VIH (Vírus da Imunodeficiência Adquirida).

Um indivíduo com idade superior a 17 anos, em apenas 20 a 40 minutos, através da saliva poderá saber se esta (ou não) infetado pelo VIH, por um valor de cerca de 50€.

Esta luta pela concretização desta medida vem sido realizada desde 1987, mas existem vários problemas associados à comercialização deste produto:

·         Erros de sensibilidade do produto (aparelho) comercializado (92% de sensibilidade para os casos positivos e 99,8% para os casos em que a pessoa não está infetada);
·         Ausência de informação por parte das pessoas relativamente ao período de incubação do vírus (o que leva a uma má interpretação do teste devido ao momento em que é aplicado);
·         Aumento do número de suicídios e de novas infeções (as pessoas que fazem o teste em casa e não recebem qualquer tipo de apoio).

“Mas os mais otimistas alertam que alguns dados indicam que começar a tratar uma pessoa infetada pelo vírus do VIH com medicamentos antiretrovirais atempadamente permite reduzir em 96% a possibilidade do portador da doença a transmitir a outra pessoa. Isto numa altura em que se estima que 20% dos 1,2 milhões de americanos infetados pelo VIH não saibam”.
In Jornal Público

Esta afirmação vem reforçar o papel do/a Educador/a Social nesta problemática que é muito preocupante no nosso país, até por sermos um dos países da Europa com maior prevalência (cerca de 0,6% na população entre os 25 e os 49 anos e uma taxa anual de novos diagnósticos de 15,8 por cada 100 mil habitantes).

Como se trata de um problema de saúde pública, logo uma problemática social que carece de uma intervenção pedagógica ao nível da prevenção e informação das pessoas, o/a Educador/a Social deve assumir um papel, juntamente com outros técnicos, que favoreça a diminuição e, se possível, erradicação desta doença infetocontagiosa.

“(…)  o Ministério da Saúde quer reduzir em 25% o número de infeções por VIH até ao final de 2015 e ao mesmo tempo diminuir em 50% o número de novos casos e mortes por sida e eliminar a transmissão da infeção de mãe para filho”.
In Jornal Público


As metas do Ministério da Saúde Português são, de facto, ambiciosos, mas ao mesmo tempo exequíveis. No entanto, para atingir estas metas o que será importante fazer? 
Que medidas devem ser implementadas?

Na minha opinião a aposta deve ser nos recursos humanos. Nos/as Educadores/a Sociais que reúnem competências técnicas e científicas, bem como humanas (os que possuem) para produzir uma intervenção de qualidade nesta área.

Afinal de contas estamos perante um problema de mentalidades. Continuam-se a cometer os mesmos erros, mesmo quando estamos informados. Basta informar a pessoa? Ou é fundamental acompanha-la?

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