segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Programa Escolhas Acertadas: 4 dicas para candidaturas por Ana Pinto



No âmbito do Educação Social Criativa são imensas as questões, umas mais recorrentes do que outras. Não obstante, o interesse que parece desperta o Programa Escolhas é inequívoco!
Deste modo decidi procurar alguém para esclarecer e abordar este tema. Ana Pinto integra o Projeto Escolhas Acertadas E5G  da Cáritas Diocesana de Viseu e acedeu, prontamente, ao pedido de elucidar os elementos do ESCriativa!

1. Manter-se informado e atualizado: 
O Programa Escolhas tem um website e uma página no Facebook que são atualizadas regularmente, dando a conhecer o trabalho concreto que é realizado pelo Programa e pelos Projetos locais. Além disso, o website contém uma breve apresentação, financiadores e enquadramento legal do Programa, o que se revela bastante importante para quem estiver a pensar em apresentar uma candidatura. Ali, encontrarão informações relativas aos prazos de candidatura (previstas para o último trimestre de 2015), bem como ao regulamento das mesmas, acesso à plataforma online para preencher o formulário de candidatura e outras informações que poderão ser, igualmente, úteis (ex: datas e inscrições em sessões de esclarecimentos acerca das candidaturas). 

2. Construir um projeto baseado num conhecimento sólido (e informações atuais): 
Ainda que possa haver alterações para a nova geração do Programa Escolhas, habitualmente, o formulário de candidatura, requer a apresentação de um diagnóstico social e a caracterização da população-alvo, especialmente dos participantes diretos (i.e. os destinatários), se possível com a recolha e posterior apresentação de dados estatísticos fiáveis e atualizados (exs: dados da CPCJ, da PSP/GNR, dos CLAS...). Torna-se importante obter informações ajustadas e o mais concretas possível, porque elas permitirão a construção de objetivos e indicadores adequados e consentâneos com a realidade. O envolvimento da população nesta fase poderá ser difícil, mas, sendo possível, torna-se numa mais-valia. Caso exista a oportunidade de questionar os destinatários, ou uma parte deles, pode ser útil saber pela sua própria voz quais são os seus próprios problemas e capacidades, solicitando sugestões de possíveis atividades a desenvolver. Além disso, esta etapa poderá ajudar a conhecer melhor o território de intervenção e a destacar alguns habitantes como possíveis dinamizadores comunitários (i.e. alguém da comunidade, que venha a integrar a equipa do projeto com a principal função de mediar a intervenção do projeto com o quotidiano das populações. Deverá preencher um conjunto de requisitos mínimos, previstos em regulamento).
O conhecimento do regulamento do Programa Escolhas será outro fator importante a pesar na conceção do projeto, pois apresenta as diferentes medidas de intervenção (i.e. eixos de ação) às quais é possível concorrer, bem como o tipo de atividades de cada uma delas. Estas informações permitem orientar quem apresenta a candidatura, quer ao nível da criação das atividades do projeto, quer ao nível da adequação da formação académica da equipa técnica que venha a trabalhar no projeto (que, muito possivelmente, se revelará multidisciplinar – desde psicologia ao ensino, passando pelo desporto ou pelas artes).

3. Encontrar um promotor/gestor do projeto e instituições parceiras: 
Para apresentar uma candidatura, será necessário contar com uma instituição que promova o projeto (exs: órgãos autárquicos, agrupamentos de escolas, organizações não governamentais, associações…) e que se responsabilize pela apresentação de um orçamento detalhado para o tempo de vigência do projeto, pela gestão dos seus recursos humanos e financeiros (não tem que, obrigatoriamente, ser a mesma entidade). Em concomitância, será necessário encontrar um conjunto de instituições estratégicas que se tornem parceiras do projeto (exs: agrupamento de escolas, comissão de proteção de crianças e jovens, associações de apoio à juventude, PSP/GNR, organismos de saúde…), formando um consórcio que servirá de suporte às candidaturas e que apoiará e colaborará ativamente com o projeto, caso seja aprovado. Este consórcio poderá prestar apoio ao nível logístico, ao nível dos recursos humanos ou mesmo ao nível financeiro, uma vez que o Programa Escolhas não financia os projetos a 100%.

4. Inovar: 
A inclusão de atividades socialmente inovadoras e promotoras de ações empreendedoras é uma vantagem, uma vez que estas poderão ser benéficas para a pontuação obtida na candidatura e, depois, para o sucesso da aplicação do projeto no terreno (mais uma vez, seria relevante que a população estivesse, de algum modo, envolvida na sua conceção, uma vez que se tratará de uma oportunidade para si e para um desenvolvimento positivo das suas vidas).
 

Ana Pinto
Projeto Escolhas Acertadas E5G (Cáritas Diocesana de Viseu)

Ana, agradeço, uma vez mais, a tua amabilidade e disponibilidade em colaborar com o ESCriativa. Certamente que este conteúdo facilitará o conhecimento por parte dos interessados no que respeita ao Programa Escolhas. 

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